sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Obama e o futuro

Todos nós fomos nesta última semana testemunhas de um fato histórico e porque não dizer, um divisor de águas no que diz respeito à história política dos Estados Unidos. Afinal, pela primeira vez desde que se tornou uma nação independente em 4 de julho de 1783, os americanos serão governados por um afro-descendente. O Democrata Barack Obama. A expectativa sobre Obama é imensa. Os Estados Unidos estão na beira de um abismo.

A queda pode resultar em recessão mundial. Porém, Obama conseguiu mobilizar uma parte considerável do eleitorado americano, em especial os jovens que representaram dois terços dos votos válidos e venceu em peso em estados onde a maioria da população é republicana. Toda essa mobilização teve um forte lema. Sim! Nós podemos.

Agora eleito, Barack Obama terá que fazer valer a confiança que os Estados Unidos depositaram nele. Isso sem dúvida incluirá temas delicados como o pesadelo militar que o Iraque e o Afeganistão se tornaram bem como a constante tensão com o Irã. Que representa uma ameaça que pode ser despertada tanto por uma manobra má sucedida de Washington como de Israel se este decidir realizar uma ação preventiva com sua força aérea invadindo e bombardeando suas instalações nucleares. O mundo aguarda o dia 20 de janeiro de 2009 com uma crescente expectativa. Poderá o novo líder da mais poderosa potência mundial lidar com um mundo a beira de uma recessão global, uma crescente instabilidade no Oriente Médio e mais recentemente, o despertar do punho de ferro russo no conflito da Ossétia? Mais uma vez, o tempo será o juiz neste novo tempo que se inicia com o novo presidente americano.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Violência e Midia Atuais - Reflexos Sociais

Ao Longo desta semana vimos o desenrolar de uma situação com reféns que nesta sexta feira culminou em uma tragédia onde o criminoso saiu ileso e as vitimas feridas sendo que a vitima principal está em coma irreversível.

A mídia noticiou e acompanhou toda a situação. Nossos lares foram invadidos por uma situação onde o criminoso movido por sua imaturidade emocional somada a um momento de desequilíbrio tomou de assalto um apartamento e fez de reféns adolescentes.

O motivo: inconformação pelo fim de seu namoro com a menina Eloá. A principal refém.

O que se seguiu foi um espetáculo de horror psicológico que é a loteria de todo jornal da noite e plantão de jornal e acaba por se esquecer que há pessoas desesperadas na mira de um bandido inconseqüente, armado e disposto a tudo também assistindo.

Infelizmente, a inversão de valores se concretiza cada vez mais e faz com que os meios de comunicação que por dever devem ser formadores de opinião contribuam para o avanço da barbárie.

A mídia explora em casos como esse seu poder de chocar e parece ignorar seu papel de formar uma sociedade onde os pais eduquem seus filhos a respeitar a liberdade do próximo e a lidar de forma madura com suas frustrações. Infelizmente, O seqüestrador Lindemberg Silva não soube ou não possuía essa tão necessária maturidade humana para entender que um namoro acabar é algo natural e por conta disso partiu para a barbárie.

Pode parecer tolice, mas é importante debater não apenas a questão da violência na escola e na mídia. É urgente debater uma questão fundamental que é a família e quando falamos isso não é apenas a família como todo, mas também cada indivíduo que faz parte dela e a forma como este é educado e participa nela, pois isso se refletirá na sociedade somado ao que cada pessoa recebe de influência dos meios de comunicação de massa.

A jovem Eloá Pimentel foi vítima em todos os aspectos. De um namorado ciumento e imaturo na afetividade, de uma realidade social onde a família como base fundamental de uma sociedade pacífica, pois em algum ponto isso faltou ao seu assassino fora a possível tendência natural a violência que todos nós temos e que pode ou não ser potencializada pelo meio onde cada um esta inserido e pela falta de coordenação da polícia em efetuar uma ação de resgate eficaz.

Somos todos humanos. Somos responsáveis pelo bem e o mal que fazemos ao próximo e a nós mesmos em uma sociedade cada vez mais dominada pelo câncer do relativismo.